07 setembro 2015

Julho

Texto de julho:


Uma das coisas que mais me impressionaram nesse sabático (ráaaa) é ver como o tempo passa rápido.
Quando estamos meio doentes, meio fudidos e nada marca sua vida (pense em uma viagem, ou qualquer evento importante) puft, passou um ano, passou meses, literalmente passou... assim passou por você, não passou pra você.
Foi assim que vi alguns dias que viraram semanas e depois meses, o meu desinteresse era tão grande que só fiz coisas fáceis, filmes de ação que não precisam pensar, reles velhos clássicos, tão conhecidos que pode ser iniciado em qualquer página que não me perderei, todo o restante era um esforço absolutamente impensável, exceto dormir. Dormir era uma pequena benção, uma pequena morte, uma pausa, era tão bom dormir, e durante um pequeno momento, aquele que você acorda, mas não despertou, aqueles poucos segundos que você não está desperta o suficiente e ainda não se deu conta que a sua vida é desnecessária, poucos segundos antes de despertar totalmente que você tem quase a noção de felicidade, dormia para ter esse momento era tão importante que eu coloquei o celular para despertar seis vezes uma noite só para ter esse pequeno prazer.

Não, eu não queria falar com ninguém, não queria que ninguém soubesse nada sobre mim, não, não tem a ver com orgulho, tem a ver com a largura da explicação (*o porque desse estado) e minha preguiça eterna de ter que explicar algo para alguém. Não sou boa explicadora dos meus humores, sempre me esvaio em falatório, nada que importe. Sempre disse que posso conversar o dia todo, sem revelar absolutamente nada pessoal.

Tem tanta coisa para falar e escrever que é simplesmente surreal tentar fazê-lo de uma só vez. Mas o tempo passou e eu só consigo verificar que engordei e meu cabelo cresceu, nothing more.

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