Liberando emoções

Mesmo com todas as emoções presas dentro de uma caixa pequena (meu crânio) ainda assim arrumo formas de libertar minhas emoções, as já criadas, os cacarecos velhos, as mesmas histórias que nos contamos e que contaram para gente, tudo isso represado dentro de um coração que andou cansado de sentir. 

Tenho vivido uma enorme preguiça de sentir algo pelos outros seres humanos, parece que acabou, ao invés de o amor ser uma fonte inesgotável, esgotou e ainda não encheu o balde, apenas umas gotas de amor próprio que vai que... na ânsia de não sentir, sobrou pouco pra mim também. 

Estive com um peso enorme, carregando um baú de vai saber, uma catástrofe pois o passado não parece ficar no passado e sim ser um enorme saco de ossos a ser carregado por aí que faz com que as novidades tenham um gosto de papelão molhado e todas as pessoas quase parecem pessoas que já conheci, em outras épocas, e outros formatos.

Nada empolga minha alma, o que empolga é proibido porque minhas ideias não se sustentam em pé porque são minhas, e minha cabeça que é tão boa, parece uma merda.