15 julho 2025

Tempo perdido

Arrumei outras formas de escrever e passar meu tempo, sofrendo, me recuperando.

Tive um insight muito importante, semanas... que escrevi todos esses anos tentando acessar alguma coisa que estava dentro da minha mente e mesmo que não tenha percebido, em algum momento, consegui.

Hoje estava com um texto prontinho, de quanto tinha deixado de mim nesses anos todos em palavras para várias pessoas, mas em vários momentos, para pessoas específicas, escrevi no intuito de ver até onde aquelas palavras me levariam, totalmente inconsciente do que queria de fato com tudo isso, acho que no fundo queria tirar essas palavras do fundo da minha mente, era a mesma coisa em outros formatos, nos últimos três anos escrevi exaustivamente, compulsivamente, como uma pessoa que está se afogando se agarra a uma bóia, depois que um acontecimento deplorável que me ocorreu e nunca consegui escrever a respeito e nem elocubrar muito bem, escrevi o que calculo ser uns 7 livros, em palavras enfileiradas, nesses escritos continham tudo e qualquer coisa que passava pela minha mente, a repetição sem vezes de um mesmo assunto, um tipo de obsessão, curiosidade que saia totalmente do controle da minha mente, que não controla nada de qualquer forma...

Por mais que fossem só falavras saindo pelos dedos, algumas repetições viraram obsessão e claro um padrão, isso me fazia sofrer como se meu coração tivesse mais que quebrado, não queria viver aquilo, não queria viver, viver é muito chato pra quem está fudida mas uma obsessão era demais, era só o que me faltava no rolê! 

Entendi que todas aquelas palavras que explicavam e explicavam, queriam explicar algo para mim, algo que não estava acessando: o quanto estava machucada, magoada, negligenciada e o tanto que ODIAVA algumas pessoas, mas isso estava fácil, difícil foi admitir o tanto que ME odiava por ter me colocado em situações que poderia muito bem ter me retirado, o tanto que não me respeitava por não ter visto que ia ser enganada, meu dinheiro roubado e minha saúde mental aniquilada, minha energia e meu tempo perdido, não houve nada que me doesse tanto quanto o tempo perdido, como quis voltar atrás e pegar dessas pessoas TUDO o que existia meu. Peladeusa, como eu me odiei, como eu queria desaparecer, sair da minha pele, me desvencilhar de mim, me desconhecer, não existir!

Na impossibilidade de retornar e fazer melhor, e não tendo uma personalidade "o que fica é o aprendizado" decidi investir meu tempo em mim, pois esse foi meu erro primordial, meu máximo arrependimento, o motivo de querer pular da ponte, o tempo que dei para os outros...

2 comentários:

Davi Machado disse...

Você disse tudo: "o que fica é o aprendizado". Aprender a se perdoar é difícil, mas sempre há um jeito, na vida sempre há!

Aceito Pix disse...

Sinceramente preferia minha parte em dinheiro...