07 fevereiro 2020

Roda roda...

Então, é difícil manter a linearidade quando viemos escrever "obrigada" mas o importante é escrever e não o resultado, tenho passado muitas barras uma em cima da outra, em cima da outra, em cima da outra... e pá, descobri que várias pessoas passaram essa fase onde TUDO é uma merda, sabe assim, separa todas as áreas da sua vida: financeira, familiar, trabalho/carreira, dinheiro, vida afetiva, e todas elas estão com problemas.
Tipo nada salva, só meu cabelo me salva porque sinceramente eu já tive umas 30 mil crises de querer tacar fogo na casa e sair andando, olhar pro meu marido e falar DEUS O QUE TO FAZENU AQUIIII????? É a cidade, e minha vó morrendo (totalmente inapropriado o momento, achei deselegante), meu emprego, ROUBARAM MINHA CARTEIRA!!!! Mano, tem outros pequenos dramas dentro dos grandes dramas, mas sabe quando a vibe tá pesadona? Que você tá tipo segurando a onda do jeito que dá?

Acabei descobrindo que tem que ter paciência (coisa que não tenho, por isso preciso ter, para evoluir como cerumano, várias coisas testam a minha paciência, ela é tão curta que escrever a palavra paciência já me dá raiva), mas..... que quanto mais a a gente força a barra, mas se machuca, tem uma hora que você tem que parar e falar: peraê porra, uma coisa de cada vez e simplesmente ir deixando no caminho o que só te aborrece: amizades que não agregam, gente mexeriquenta, assuntos idiotas, você começa a selecionar que tipo de merda você vai assimilar e qual não, aprende que ser carente e querer muitos abraços não adianta porque você pode ser um labrador humano mas as outras pessoas não são.

A dor do luto (falarei mais adiante) ensina coisas atrozes sobre nós e sobre os outros, no dia do enterro todo mundo é seu amigo, parente, família, depois de uma semana, vai sobrando os que perguntam, os que entendem, os que deixa você desabafar, e o tempo vai continuando, tem os que aconselham, adoro esses, porque o conselho é "ó, uma merda, dói mesmo e nunca passa, o tempo ameniza" e em vários flashs você percebe que tem gente que nunca esteve, de onde mais se espera não sai nada, pessoas aleatórias vão te ajudar nesse momento, se você permitir e a vida vai seguir, você querendo ou não.

Tentar assimilar isso tudo dentro da dor é como tentar ensinar matemática a quem está com uma fratura exposta na perna, é muito, mas vamos aprendendo.



5 comentários:

Rebeca Verçoza disse...

Velho, eu venho aqui há muito tempo. Você me inspira. Por aqui está tudo uma merda também. Um brinde! =)
(sinto muito por vó) =/

Ana disse...

Sinto muito pela sua vozinha. Sei bem sobre luto e sobre como as pessoas fogem da gente quando estamos nesta situação, principalmente as mais próximas. Perdoo todos pois só quem vive sabe a merda que é e ninguem quer falar sobre a morte. Esta é a realidade.Se precisar falar to aqui gyully22@gmail.com

Dois cigarros e um café. disse...

Rebeca: Olha a merda que tu tá, deve rever suas inspirações, brindemos kkkkkkkkk, obrigada pelos sentimentos, é uma merda total e inexprimível o luto.


Ana: Nossa meus amigos, cadê? Se bem que eles já tinham mania de desaparecimentos, sempre os mesmos, mas é difícil a gente filtrar até que a merda explode mesmo. Vou mandar e-mail.

Beijoxxxxx

Dois cigarros e um café. disse...

lalalalalla

Unknown disse...

As claimed by Stanford Medical, It is really the one and ONLY reason this country's women live 10 years more and weigh an average of 42 lbs less than us.

(And actually, it is not about genetics or some secret-exercise and really, EVERYTHING related to "how" they are eating.)

P.S, I said "HOW", not "what"...

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