Eu sou mesmo uma pessoa de astral muito alto, tão alto que sofro rindo tem dias, mas hoje não rolou, e não vai mais rolar essa vibe meio hiena porque não tá me ajudando, já ajudou em um passado remoto, mas hoje é ou muda ou muda.
Tava tudo indo bem bacana até quando eu no mercado já me emputeci, entendam não sou uma ingrata em nenhum ângulo, mas não dá pra ser Polyana a vida toda com tudo ruindo e eu rindo "amanhã vai estar tudo bem".
Precisava de mil coisas aqui em casa, coisas comuns como leite, arroz, azeite e papel higiênico, só dava pra ir no fuleiragem mercado BH porque era o mais perto de casa, mas ele é caro, e á tô trabalhada na economizagem, niqui quando vejo as compras ficaram realmente muito pesadas, mas já passou no caixa então vambora. Fui andando e bufando, revoltando no meio do caminho porque essa de "escolhi essa vida agora aguento" já deu de verdade, escolhi morar pertinho do Marcos, e a cinco dias do trabalho, tendo que acordar muito cedo, escolhi esse trabalho, esse apartamento (tá lindo minha gente, mas voltando ao assunto) mas isso não me impede de fazer outras escolhas ou me insatisfazer das que fiz. Eu estou sozinha, é fato consumado, posso ter esperanças vãs, família lá na putaquepariu e pessoas que se preocupam genuinamente comigo, mas na prática, quando a cabeça dói e a grana aperta quem está do meu lado sou eu, ponto final. Não dá pra negar isso, falando mimimi minha vida um dia se acerta.
Já peguei o terceiro empréstimo para cobrir os outros dois primeiros mais o cartão, perdi o controle de tampa aqui e coloca ali, porque preciso de sapato com fivela dourada, de cigarro ou de sei lá o que. Não preciso disso, preciso é de equilíbrio!
Meu nariz sangrou, meu dente quebrou e eu "ah daqui a pouco se ajeita" o caralho! Nada vai se ajeitar se eu não fizer nada de diferente, se eu ficar vendo a banda passar sorrindo pensando poderia ser pior, poderia mesmo óbvio, mas poderia ser melhor também.
Essa visão é simplista pode ser legal, mas vai só maquiando a realidade, os boletos de aluguel e luz chegando e eu.. ah mas ainda bem que tem dinheiro, ainda bem que tô viva, ainda bem que sou uma idiota com uma boa visão do mundo..
A primeira coisa que tenho que fazer é aprender a dizer não! "Olha super legal esse artesanato que você faz e vem vender aqui no trabalho por um real, mas não dá pra eu comprar, nem a porra da rifa da sua igreja, nem contribuir com sei lá o que da campanha dos pobres", não dá pra ser legal pra todo mundo menos pra mim.
Sabe eu tento de verdade, mas esse de tentar também já deu, a parada agora é conseguir, faca na caveira, qualquer plano de ação e não pensar em mais nenhum obstáculo, carência ou "ai que pena que as coisas não deram certo."
A realidade é:
Eu vivo sozinha, pago minhas contas sozinha e tomo minhas decisões sozinha. Alone.
Minha saúde está gritando tanto cigarro e tanto stress.
Tenho uma dívida de mils reais e tá passando da hora de pensar em como resolvê-la de vez.
Não adianta ficar esperando apoio ou que o avião da ONU jogue comida na minha casa que não vai rolar.
Essa é a realidade, é bonita? Mas é o que temos para hoje, poderia colocar uma frase animadora aqui de fim de post, mas não hoje, não mais, a parada é essa, ou muda, ou muda.
3 comentários:
Boto fé que não adianta a gente manter sempre o discurso Poliana de "poderia ser pior" porque puta que pariu, só Joseph Climber dá conta disso.
Mas olhando bem, você já passou por outras crises (grana, namoro) muito parecidas com essa e deu certo. Agora vai dar também.
Faça o gesto da mudança!
Cara, me identifico muito com vc. Força na peruca, amiga!
Cara, não te conheço, passei aqui pq vi o post do Carlton - Dunhill, que à propósito achei genial!
Mas sobre esse post... Como me identifiquei, to exatamente na mesma! E foi bom tomar um choque de realidade com suas palavras!
Sorte na vida!
Abraços!!!
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