Hoje quando desalentei no trabalho só pensei em uma coisa, tem que ser muito doida por Marcos pra largar tudo e começar de novo.
Não me arrependo, já tive meus momentos de arrependimento, mas no total acho que valeu tudo e valerá muito mais daqui um tempo.
Muito mais que amor, que na verdade é uma palavra abstrata, daria um braço pra ele na boa ainda deixaria ele escolher entre o direito e o esquerdo, as vezes acho que amo demais, mas não tem nada demais quando não se tem medida. Sempre fui exagerada em tudo, como demais, fumo demais, falo demais e era muito de se esperar que fosse um poço de equilibrio tibetano.
Falo isso porque primeiro esrevo pra mim, quase para me situar no meu cérebro, depois pra vocês.
É chato ter um amor dependente como o meu, tem horas que tudo o que quero é ser independente e durona, mas quando as coisas desabam com ele, desaba todo o resto. Essa parte é péssima. Estou fazendo um intensivo para não ser tão dependente do estado emocional dele, mas não é fácil.
Acredito que a carência teve um ponto fundamental nesse quesito, sempre me senti inútil e tive uma auto estima bosta, por isso quando ele me dá algo, me agarro com todas as forças e as vezes faço realmente tanta força que quase quebro.
Teríamos que ir nos primórdios a minha vida para ver onde isso tudo começou, isentando pai e mãe (e olha que tive problemas com eles pra encher um livro) minha vida sempre foi um buraco sem fundo até meus 24 anos, quando o achei. Ele preencheu tanto que foi impossível não delegá-lo a função de me fazer feliz e curar todas as minhas feridas e meu Deus são muitas até hoje.
Tenho feito vários retrocessos mentais e tem dia que é tão doloroso, sempre fui a mais bonita ou a mais inteligente da "turma" mas era sempre excluída por algum motivo, as pessoas jamais me levaram a sério, já tinha sei lá uns 22 anos quando ouvi a primeira vez que estava fazendo tudo certo. E olha que com 22 dois anos já tinha 5 que tinha saído de casa e passado maus bocados.
Meu emocional é igual de uma criança já que vivi na corda bamba até a idade adulta, sempre cercada de medo e ameaças, acho interessante chegar hoje com 27 anos e admitir que até os 21 mais ou menos não sabia o que a maioria das pessoas já sabiam emocionalmente, mas já sabia ganhar dinheiro, ser boa profissional e mais um monte de coisas legais, menos as coisas primordiais.
Acho que por isso que sou tão tudo ao mesmo tempo, o que me dói dói demais, o que me alegra, também é demais.
Dou graças a Deus não ter embrenhado de vez no alcoolismo ou na auto comiseração e Deus sabe que teria autorização pra isso, fui me mantendo em uma fachada mentirosa de responsabilidade e equilibrio até o dia que tudo caiu.
Desde o dia que tudo caiu estou na luta da restauração de mim, e o mais estranho é que não faço a mínima idéia de quem eu sou, mínima ou remotamente. Se alguém me perguntar o que me faz feliz ou triste, ou onde quero estar posso responder vagamente mas sem muita convicção.
Vocês não fazem muito idéia de como é morar na minha cabeça, o tanto de confusão, de pensamento maníaco e coisas do gênero consigo ter em10 minutos e de pensar que isso tudo estava emcoberto tão com um lenço tão fino e foi só tirar que... cá estou eu, perdida entre fazer uma sopa e ir dormir.
Estou cogitando sinceramente ajuda profissional novamente pois morro de medo do dia que as coisas possam arrebentar de vez dentro de mim.
28 novembro 2012
Somente para externar.
Quem escreveu? Dois cigarros e um café. at 14:09
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