13 junho 2013

Ai ai.

Eu tenho medo e não tenho medo de muita coisa. Refleti bastante e acho que o medo que tenho está me impedindo de fazer muitas coisas. O medo de perder o emprego, não ter dinheiro para pagar o aluguel entre outras coisas que nem sei se tenho mais para perder.

Hoje eu tomei duas rasteiras no trabalho e uma terceira do meu chefe, como tenho essa cara de idiota e não sei jogar o jogo da vida (imaginem que eu me achava super competente e só de saber um monte de coisas meu futuro estaria assegurado) ledo engano, ledo engano, para jogar o jogo além de boa vendedora tem que ser cobra. Hoje percebi perfeitamente que se não for rata não dá certo. Legal. Achei parte do problema, mas a questão é que se eu tiver que virar cobra para jogar o jogo, não obrigada. Infelizmente me falta estômago. Eu era daquelas pessoas que achavam que trabalho e competência eram o suficiente, mas isso é detalhe na vida corporativa, na vida real, na vida como um todo.

Mais uma rodada de balde d´agua, afinal eu era uma pessoa muito competente. Era mesmo, primeiro achei que tivesse emburrecido e desaprendido, depois achei que não valia o esforço querer me destacar, depois fiquei com medo de perder meu emprego se falasse merda, depois fui vendo as pessoas...ah as pessoas... quanto mais medo sentem, mais merda fazem, para algumas pessoas posso apostar que ali é o fim da jornada e pra mim é um emprego de onde tiro minha grana, mas é muito mais do que isso, sempre joguei muita energia no trabalho e arranquei satisfação a fórceps onde trabalhava e de repente pá, nenhuma satisfação, mesmo que tivesse carregado um balde de pedra e... nada.

Fiquei muito revoltada com o que aconteceu, pensei em ir tirar satisfação e depois murchei, sabe, eu brigando por essas coisas? Opa, mas é meu trabalho, onde mais eu posso brigar?

Respirei fundo e trabalhei mais, aos poucos vou delineando um novo plano de ação, talvez uma blindagem mais resistente.





Um comentário:

Alexandre disse...

O fato de estar devendo te coloca refém dessa situação, Tem que jogar como se não tivesse nada a perder. Mesmo que não queira perder. Deixar essa possibilidade implícita, no ar. Um impulso e tchau.

É extremo mas funciona que é uma beleza. Muito eficaz se aliado com competência. É o que importa no final das contas.

Bom, você esta certa em não se rebaixar no nível dessas pessoas. Tem que virar o jogo, mas com finesse. Aproveita a cara de idiota, assim nem vão desconfiar quando acontecer.

Falou o sujeito com cara de palhaço, que adora ver a cara de surpresa dos outros quando põe o nariz vermelho de lado.