29 maio 2017

Relações familiares

É estranho perceber que considero tão poucas pessoas como minha família e alguns desses membros não são meu sangue, alguns são amigos.

Teve uma época tal qual hoje que me sinto um tanto culpada por não procurar tanto minha família, mas algumas pessoas mais próximas sabem bem que  tentei. Não tentei com extremo afinco admito, mas tentei, daqui e dali pelo menos manter algum contato, quando a coisa ficou um tanto unilateral demais para o meu gosto, achei melhor simplesmente largar pra lá. Não digo que não sinto falta mas é uma falta tão antiga que já faz parte de mim como todo o resto, esteve ali e estará, não é fácil sentir um tipo de falta que não é saudade, as vezes beira um pesar pelo que não foi feito não foi dito, não foi alimentado.

Sempre há tempo de tentarmos refazer os laços e bem sei, mas não sei exatamente o tamanho da questão que faço para que isso ocorra, é tão mais fácil, apesar de contraditório... viver solitariamente, tão mais minha praia, tão mais próximo de mim que não sei se vale o trabalho de mais uma tentativa vã de tentar ficar próximo de quem mal conheço, mal me conhece e ainda temos as impressões erradas uns dos outros.

A minha família em si já sabe tão pouco de mim, mas sabe sem sombra de dúvidas sabem sobre o meu amor incondicional,  melhor assim. Minha pequena família meu pequeno núcleo tão amado e tão sentido, tão tortos e tão perfeitos, saudades sim, apertadas e sentidas.

O resto são parentes aqui e ali onde a indiferença é mútua e a culpa as vezes nos lembra que existe algum laço frouxo, alguma semelhança, algum átomo, mas que no final, é só isso mesmo.

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