07 fevereiro 2024

Auto estima

Cada um tem seus buracos na auto estima, a minha é cheia, é importante você saber que isso acontece com muita gente, mas quando isso passa de insegurança para neurose é bom que procure um profissional para te ajudar, foi isso que fiz uns anos atrás quando achei que o que pensava de mim não tinha muito a ver com o reflexo externo.

Inconscientemente, como não me acho grandes coisas, nem médias coisas, nem coisa alguma, sempre sabotei diversas situações para fazer sentido a minha pouco valia, mas nunca pensei o TANTO que não ter auto estima me limitava, como muitos comportamentos são sem percepção, nunca achei que daria conta de diversas coisas.

Não iniciei projetos, não investi em relacionamentos pois pensava que as pessoas não gostam de mim, e fazem elas muito bem, não quis fazer diversas coisas não por simples e puro medo e sim por sequer imaginar que conseguiria, minha mente não ia do ponto A ao ponto B.

QUANTA PERDA DE TEMPO. 

QUANTO SOFRIMENTO. 

Preferi não desejar, preferi não desejar nada, quantos dias, quantas noites, quantos momentos apenas me convenci que não querer algo era o caminho certo, o desejo de qualquer coisa pois era fato que fracassaria em tudo e qualquer coisa, minha auto estima era tão complicada que me repeti inúmeras vezes que não valia a pena NADA.

Até que me desfiz das minhas coisas, TODAS AS MINHA NEUROSES ESTAVAM EM FESTA, afinal tinha conseguido o grande nada que me representava, achei inclusive que tinha cumprido a minha missão que é nada!

Depois, ou durante fiquei obcecada por uma pessoa que não me aprecia, em vários aspectos.

Aconteceu algo que chamarei de acidente, não foi isso, mas não vou me alongar.

Descobri que o poço não tinha fundo.

Nesse dia cogitei pular da ponte, O ÚNICO DIA REAL OFICIAL, quem "salvou" minha vida foi um amigo maravilho, que por acaso também é a minha obsessão, apesar de não saber o que estava rolando de fato, me fez companhia até o pior passar, o que mais me lembro é que xinguei ele a beça nesse dia, depois me pergunto porque o sujeito não gosta de mim. 

Compreendi que tudo podia piorar, resolvi ser grata a minha vida já que estava aqui e que arrumaria uma forma de melhorar minha existência, tinhansobrevivido, ao acidente e depois a mim mesma. 

NÃO CONTEI COM A MAIOR DEPRESSÃO QUE VEIO APÓS, BRINDE DO STRESS PÓS TRAUMÁTICO, NÃO INDICO TER.

Mesmo assim, estava decidida!

Junto com algumas iniciativas comecei a fazer um diário para verificar minhas conquistas, pois só podia escrever coisas boas, merda tinha que ficar pra outros espaços, fui percebendo que dentro das minhas limitações, tinha feito várias coisas, vou relembrar nos últimos meses: paguei boas partes das minhas contas, fiz prova para o ENEM, passei na faculdade, faço aulas de inglês, parei de tomar estimulantes (que são gatilhos fortíssimos para as alterações de humor), consegui 3 empregos e não fui mandada embora de nenhum, voltei a escrever, parei de fazer dietas ultra restritivas, foquei no meu auto conhecimento, me respeitei, dormi, fui mergulhar no frio, melhorei minha comunicação, evitei pessoas tóxicas, fui diversas vezes ao cinema sozinha, li livros até o final, transei com um homem maravilhoso, fiz uma prova de concurso (não me classifiquei) e mantive a tona pra relembrar todo dia que era corroída por uma doença, não minha personalidade.

Por mais que não consigamos modificar muita coisa de quem somos, e o passado já foi, vale a pena tentar de novo.

Tente outra vez, dessa vez pode dar certo, também pode não dar, foda-se, não é esse o ponto, vale a pena tentar.  










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